Penso que é nesses pontos que está nosso trabalho, no que vamos descobrindo e conhecendo sobre a criança a partir do contato e da relação com ela. Não a partir de diagnósticos, queixas ou de idéias cristalizadas sobre a criança.
A criança é um ser. E, penso ser o nosso trabalho auxiliar a criança na libertação do seu ser. O ser da criança, ela na sua totalidade, nas suas relações com o mundo externo e interno, com os outros e com ela mesma.
A criança quer ser ouvida e precisa de quem acredite nela. Pensem na importância de termos alguém que acredite em nós. Alguém que estará ali ao nosso lado acreditando.
As queixas iniciais são o alarme da criança. A forma que ela encontra para dar o sinal da sua angústia, por isso não podemos transformá-la em um adjetivo, como o "agressivo", o "tímido", o "agitado", o "hiperativo", etc, mas pensar que foi por essa via que ela conseguiu pedir ajuda e dar o sinal de que algo não vai bem com ela.
Nós podemos, com nosso trabalho, despertar o ser da criança, o ser que vai além dos diagnósticos e das queixas enlatadas. A criança é muito mais! Ela é única e quer descobrir isso. Descobrir que mesmo todos sendo "iguais" são também "únicos". Assim, não há comparações, melhores ou piores. Todos podem se desenvolver!
Em algum momento a criança pode sentir-se apagada, ofuscada por questões que surgiram de fora e o coraçãozinho delas passa a bater apertado, ansioso, triste, descompassado. Podemos ajudá-la no despertar dessas batidinhas pelo amor e com harmonia.
Crianças são como sementes. Podem secar e endurecer ou, se cultivadas e cuidadas com amor, podem se tornar grandes árvores, flores delicadas, frutos coloridos e doces..."
Diviane Helena
♥
"Quero compartilhar com vocês este momento tão especial para mim, desde muito nova me dedico ao trabalho com crianças e, em especial, dentro da psicologia em diversas áreas. Hoje, com a Diviane Helena, o Paulo Borges e o José Lins, realizo um antigo sonho, de trabalhar terapeuticamente com crianças através de atividades artísticas e em grupo, com o objetivo de proporcionar a elas um espaço onde elas tenham de nós aquilo que poucas vezes elas podem obter do mundo: um olhar especial e uma dedicação amorosa para o que elas tem dentro de si e que é tão único de cada ser. Antes do mundo "roubar" isso delas a nossa proposta é que elas possam reconhecer e se apropriar firmemente de suas particulares virtudes e auxiliá-las no que elas mostrarem como pedido de ajuda, o que nem sempre nos adultos, pais, tios etc, conseguimos fazer quando estamos imersos nas atribulações da nossa rotina, mesmo quando assim desejamos fazer..."
Julia Alface
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